Preço da cebola aumentou mais de 50%
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Cebola em alta |
Em 2016, a cebola, segundo levantamento feito pelo
Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos do Pará
(Dieese-PA), foi o produto hortifrutigranjeiro que mais sofreu elevação de
preço no período de janeiro a dezembro. O reajuste acumulado do quilo do
produto atingiu a 52,93%. Em geral, os hortifrutigranjeiros (hortaliças,
verduras e legumes) ficaram bem mais caros, inclusive, com uma quantidade
expressiva com reajustes de preço acima da inflação do período. A grande
maioria deles apresentou alta expressiva de preço, ainda que algumas quedas de
valores tenham sido verificadas em alguns meses do ano.
Segundo o balanço do Dieese-PA, os hortifrutigranjeiros
comercializados em feiras livres e supermercados da região metropolitana de
Belém que apresentaram os maiores reajustes de preço em 2016 foram cebola (kg),
com alta de 52,93%; batata lavada (kg), 42,60%; batata doce (kg), 30,33%; salsa
(maço), 24,37%; batata doce branca (kg), 22,38%; cenoura (kg), 21,02%; feijão
verde (maço), 12,50%; alfavaca (maço), 11,90%, e macaxeira (kg), com alta de
9,07%.
Esses aumentos de preços dos produtos contrastam com a
inflação calculada pelo IBGE/INPC para o mesmo período, que ficou em 6,58%. De
acordo com o Dieese-PA, também no mesmo período, poucos produtos hortis
apresentaram recuos de preços, com destaque para o quilo do tomate, com queda
de 14,02%. Os reajustes expressivos de preço dos hortifrutigranjeiros ao longo
de 2016 se deveu em grande parte ao fator da sazonalidade, mas, principalmente,
aos fatores ligados diretamente a comercialização. Para este mês, a tendência,
segundo o Dieese-PA, permanece de alta da maioria dos produtos hortis, como
demonstram as pesquisas do órgão nesta primeira quinzena de janeiro.
Os vendedores, no entanto, discordam do aumento de preço das
verduras e legumes nos últimos meses. Feirante há mais de 30 anos em uma
banquinha no Mercado do Ver-o-Peso, Ubiraci Olveira, de 55, disse que os preços
desses produtos baixaram neste primeiro mês de 2017. “Os produtos continuam
caros, mas deram uma melhorada de preço de dezembro para cá. Baixou bastante,
principalmente a cebola. Alguns fregueses reclamam dos valores, claro, mas a
maioria já percebeu que teve uma queda. O que a gente pode fazer para deixar o
cliente satisfeito é oferecer descontos, promoções, um agrado”, comentou o
feirante.
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